18 de setembro de 2009

Sobre tédio

Acordar cedo, pegar ônibus lotado, estudar, ir para um lado, ir para o outro, fazer coisa pra um, visitar um segundo, trabalhar, pegar metrô lotado, ler no caminho, fazer curso, exercício, entrar na internet, dormir tarde.

Tudo no mesmo dia, é claro.
Todos os dias. Em ordens diferentes e cochilos nos intervalos.

Antes de vir pra Pineville, eu pensava que essa rotina estava me destruindo.
Agora eu tenho certeza.


Eu acordo... Hmm, que horas mesmo? E durmo... Horas?!
Sento no lago e fico balançando.
Fico horas no computador lendo e estudando coisas absolutamente aleatórias.
Penso, penso e penso mais um pouco.
E desenho.


Coisas que me fazem falta: pintar, fazer performance, ir pro bar, ter as minhas quinquilharias e uma máquina de costurar industrial.


"I'm bored". Escutei uma menina que morava em cidade grande falando. Jura? Hm.

Recentemente eu senti tédio. Ou o que eu acho que é tédio.
Mas na verdade não é bem tédio. É uma impaciência. Um querer fazer mais.



Malditas ambições.

Um comentário:

Arthur Golgo Lucas disse...

Pô, mas é um cotidiano agitado. :| Eu tive uma impressão estranha, não sei se é correta, mas foi de que não é bem nem tédio, nem impaciência, mas um "será mesmo que é isso que eu quero?", tem chance de ser isso?

Tipo, eu vou largar do serviço público (é isso que eu quero) e eu vou morar na beira da praia (é uma das opções que eu queria), mas eu não sei ainda como vou me sustentar e nenhuma das opções disponíveis eu posso dizer que é o que eu quero. Uma delas vai servir por um tempo, mas não sei quanto tempo e nem se vai me satisfazer mesmo. E com 40 anos e solteiro eu não posso mais errar...