24 de setembro de 2008

sobre palavras não ditas

Toda vez que eu vejo filmes de ação/terror/suspense e tem aquele vilão que quer matar o(a) mocinho(a), por mais que eu sempre torça pro mocinho(a) e fique apavorada com a idéia de que em minutos ele pode morrer (mesmo sabendo que na maior parte dos casos isso não vai acontecer) eu não consigo não pensar por que o bandido tem que fazer um discurso enorme antes de matar...
Ele quis aquilo por um tempo sem fim e ele ta ali, diante de realizar seu desejo e fica adiando... isso que é saber controlar a ansiedade!
E o pior de tudo é quando é o contrário, o(a) mocinho(a) quer dar lição de moral antes de matar o assassino do filho, da tia, do marido, da esposa, da avó, da metade do mundo. Caramba, o que importa, não é pra ele morrer de qualquer forma??
É claro que isso dá um nervoso a mais e potencializa o suspense da cena... mas uma caçada, um labirinto também fariam isso, sei la.

Enfim...


Eu realmente tinha dificuldades pra entender esse sentimento até que precisei engolir coisas para o bem.
É claro que no caso do filme as personagens não falam antes por falta de oportunidade: não são amguinhos e se veem e "batem papo" todo dia (na maior parte dos casos).
Então comigo acaba sendo pior, na verdade.
Eu amo aquela criatura, quero por tudo que ela fique bem, ai ela vai e fala/faz uma coisa que me deixa altamente irritada e o que eu faço? nada.
Por que?
Porque eu não quero discutir de novo, me irritar de novo e ver a pessoa infeliz no meio de um lugar onde ela tem q ficar bem.
Aí eu passo a noite pensando no que eu deveria ter feito/dito.
Acordo irritada.
Escrevo no blog.
Dou uma volta.






E, finalmente, entendo o sentimento de necessidade de discurso pré-morte dos(as) mocinhos(as)/vilões nos filmes.
(nota: não, eu não pretendo matar alguém.)

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