8 de setembro de 2008

O que me pré-ocupa não é a hipocrisia rápida, repetida, fácil de se criticar.
O que me pré-ocupa é a hipocrisia escondidinha, desculpada, sorrateira, escrota mesmo.



Eu já passei da parte que eu ficava triste, irritada, desgostosa.
Até porque eu mesma já pratiquei esse tipo de hipocrisia e por mais que eu sempre tenha uma ótima teoria e uma desculpa melhor ainda, quando eu paro e olho pra mim mesma, eu sinto que é simplesmente a mesma hipocrisia.


Mas é engraçado... tem pessoas que a gente ama tanto e dedica tanto amor que a gente acha que não seriam capazes de fazer isso ou aquilo. Quando a gente menos espera, o circo está armado, e pronto: uma grande, gorda e mal-cheirosa hipocrisia está ali, bem na sua frente. E não há nada que você possa fazer que não deixar a pessoa sozinha. Parar. Interromper o fluxo de amor que você mesmo construiu.

Que merda né... E sei la, será que isso não é tão hipócrita quanto?
As vezes minha passividade é isso, medo de errar com as pessoas que eu amo.
Porque eu sei que eu erro também... e sei lá se "porque fulaninho não me perdoaria eu não devo perdoar também..." é totalmente válido...


Então a minha escolha tem sido essa. Parar. Meditar.
Tentar ser o que eu quero ver no mundo e assim, quem sabe, ter mais carinho, respeito e atenção sinceros.
Simplesmente espera(nça) r.

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